RETROSPECTIVA 2024: MUSEU DAS FAVELAS

2024 foi um ano de transformações para o Museu das Favelas, que em dezembro, iniciou uma nova fase institucional em outro endereço. Localizado no Largo Páteo do Colégio, Centro Histórico da cidade de São Paulo, realizou a entrega de exposições inéditas, sendo uma delas, a exposição principal do Museu.

Com o apoio de novos parceiros e patrocinadores, foi possível chegar mais longe, com exposições itinerantes e grandes eventos que possibilitaram evidenciar a arte e cultura das favelas e promover o impacto social em fazer da economia e empreendedorismo desses territórios.

Até agosto, o Museu operou no Palácio dos Campos Elíseos, promovendo ações educativas e culturais inovadoras, e atuando em diferentes cidades, por meio de exposições e instalações artísticas em grandes feiras culturais e voltadas aos empreendimentos periféricos. 

Confira nossa retrospectiva do ano:

janeiro

O mês é marcado por uma nova gestão. Natália Cunha assume a direção do Museu das Favelas, propondo um ambiente mais inclusivo, acessível e diverso.

 

Além da tradicional programação de férias Di Quebradinha, que busca resgatar brincadeiras e jogos de rua e de infância, a Lavagem com flores e perfumes do Samba de Roda Nega Duda, inicia o mês abrindo os caminhos para uma programação diversa e inclusiva. No aniversário de São Paulo, o Núcleo de Educação promove a visita A Favela merece um Palácio, resgatando as memórias de Geraldo Filme e seus sambas, dialogando sobre acesso à cultura, narrativas, patrimônios e a importância da ocupação do Museu no centro da cidade.

 

fevereiro

 

Com curadoria do ilustrador Wagner Loud e do Youtuber Load, e parceria da Ação Educativa, a exposição Rap em Quadrinhos chegou para movimentar o público jovem com 19 trabalhos artísticos que retratam grandes personalidades do rap nacional como super-heróis e super-heroínas do universo da história em quadrinhos. 

 

 

março

O mês foi dedicado às memórias e produções culturais das mulheres das favelas. Por meio da programação As Brabas São Elas, foram realizadas rodas de conversa e pocket show no Baile tá On!, lançamentos de livro, batalha de poesia com o Slam das Minas, encontro de pesquisadores no Pesquisa de Cria: Encontro de Saberes e a tradicional Festa de Favela.

abril

Em celebração ao mês dos Povos Indígenas, foram realizadas diferentes ações que evidenciam a arte e cultura indígena. 

maio

O mês foi marcado pela abertura da exposição itinerante Favela em Fluxo, com a primeira parada no Recife. Com patrocínio do Nubank, e correalização do Paço do Frevo, a mostra reúne experiências artísticas e interativas com obras de 20 artistas, convidando o público a uma jornada de reconhecimento a partir de trocas culturais inéditas, buscando ampliar o conhecimento sobre o presente inspirando novas possibilidades de futuros. A exposição circulou também por Salvador, Rio de Janeiro, encerrando em São Paulo, na nova sede do Museu das Favelas.

Curadoria: Aline BispoJosé Eduardo FerreiraLeonardo Moraes e Rebecca França.

ARTISTAS: 
Recife: Vitória Vatroi | Vários Nomes | Lua Barral | Cigana | Francisco Mesquita |
Salvador: Mila Souza | Uiler Costa Santos | Fernando Queiroz | Zaca Oliveira | Elson Júnior |
Rio de Janeiro: Jade Maria Zimbra | Albarte | Gael Affonso | Entidade Maré | Deize Tigrona |
São Paulo: Robinho Santana | Janaína Vieira | Mayara Amaral |Absurdo (Wadjla Tuany) | Pétala Lopes | Mc Mano Feu | Luiza Fazio |

junho

 

No mês das festas juninas, o Museu realizou o Arraiá das Quebradas, unindo música, cultura, feira de empreendedorismo e atividades lúdicas para a vizinhança. Também publicou o ebook gratuito XEPA: Favela, Comida e Sustentabilidade, promovendo a conscientização sobre a importância de uma alimentação sustentável.

 

 

 

julho

 

Em celebração ao Dia Nacional do Funk, o Museu apresenta a exposição inédita Funkeiros Cults, reunindo literatura, funk e autenticidade do coletivo do bairro do Compensa, localizado na periferia de Manaus, com obras que mostram recriações de pinturas clássicas a partir da estética do funk. Curador: Dayrel Teixeira; Co-Curador: Leandro Mendes (em memória). O Museu ainda marcou presença na Expo Favela Innovation Brasil, com instalações artísticas que valorizam e evidenciam a produção cultural de artistas das favelas. 

 

agosto

O mês foi dedicado à promoção da arte e empreendedorismo das favelas. Com patrocínio da EDP, a exposição Favela é Giro celebra a arte e promove o senso de pertencimento e identidade, apresentando 20 obras com foco na xilogravura, produção fotográfica e audiovisual. A edição de abertura, que ocorreu em Goiânia, também circulou por Vitória, e em 2025, passará por mais três cidades: São Sebastião, Ferraz de Vasconcelos, encerrando em São Paulo, na sede do Museu das Favelas.

Curadoria: Bruna Gregório, Ana Luzes, Xica e Brenalta Mc

Artistas: De Goiânia, Batalhão das Gravadeiras, João Ferré, Lucas Bororo, Mayara Varalho e Marcelo Ramalho. Do Espírito Santo, Iaiá Rocha, Viviane Nascimento, Ara Poty Mirī Txapya (Dayanne Guarany), De Santanna (Dimas) e Meuri Ribeiro. De São Sebastião, estão Brenalta MC, Edmarlei, Swell Nobrega, Juvenal Pereira e Jorge Mesquita. De Ferraz, Fabrício, Micke Tranbiks, Anubis, além da dupla Silas Nascimento e Lucas Bezerra.

Além disso, foi realizado um grande encontro de empreendedorismo e negócios de favela. Com patrocínio do Mercado Livre, o Dia de Corre reuniu marcas, serviços e organizações engajadas na economia solidária, celebrando e impulsionando o protagonismo das favelas brasileiras. 

outubro

Destaque do mês, as Oficinas de Desenvolvimento de Portfólio Profissional mobilizaram inúmeros artistas das favelas de todo país à participação no ciclo de quatro encontros virtuais, que tinham por objetivo potencializar o corre no mercado cultural.

novembro

 

Outra formação também foi destaque na programação do Museu. Com patrocínio da EY, o programa Favela Inteligência Ancestral capacitou jovens para a criação de conteúdo digital, conectando as vivências culturais dos jovens às demandas do mercado digital.

 

 

dezembro

O último mês do ano foi marcado pela reabertura do Museu das Favelas. Para celebrar o momento, reabrimos com a exposição principal Sobre Vivências, as temporárias Racionais MC’s: O Quinto Elemento e Marvel – O Poder é Nosso, além da itinerante Favela em Fluxo, entregando um espaço vivo e diverso ao público.

Sobre Vivências

A exposição de longa duração, propõe uma imersão nas múltiplas dimensões da vida nas favelas brasileiras, desde a sua formação histórica até as manifestações culturais e artísticas contemporâneas, reunindo obras de artistas periféricos e coletivos que refletem a diversidade e a resiliência desses territórios.

Curadoria: Gil Marçal, Leandro Mendes (em memória), Vera Cardim e Oswaldo Faustino

Expografia: Francine Moura

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Racionais MC’s: O Quinto Elemento

Em parceria com a Boogie Naipe, a exposição celebra os 35 anos de carreira da icônica banda de rap formada por Mano Brown, Edi Rock, KL Jay e Ice Blue, em uma jornada imersiva celebrando uma relação de irmandade e a conexão do grupo com seus fãs.

Curadora: Eliane Dias

Co-curadoria: Andre Caramante, Jairo Malta e Vitinho RB

Expografia: Atelier Marko Brajovic

Comunicação Visual: Vilanismo

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Favela em Fluxo

Patrocinada pelo Nubank, a exposição reúne experiências artísticas e interativas com obras de 20 artistas, convidando o público a uma jornada de reconhecimento a partir de trocas culturais inéditas, buscando ampliar o conhecimento sobre o presente inspirando novas possibilidades de futuros. Saiba mais.

 

 

 

Marvel – O Poder é Nosso

A exposição apresenta releituras de personagens negros da Marvel feitas por artistas pretos, indígenas e LGBTQIAPN+, fruto do programa Afrolab Marvel: O Poder é Nosso, que capacitou 30 jovens talentos. Curador: Nabor Jr.

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